É um pouco semelhante ao que aconteceu nas últimas duas semanas com o Zions Bank e a Western Alliance. A Primalend faz empréstimos, desde que o cliente seja um concessionário de automóveis, e esses concessionários fazem seus próprios empréstimos (negócios que os bancos não aceitam), mas os concessionários têm recursos limitados, então pedem emprestado à Primalend. A lógica é que eu, como consumidor, com um histórico de crédito ruim, vou a um concessionário comprar um carro, o banco não me empresta, e o concessionário, para garantir meu negócio, me empresta, claro que a taxa de juros será mais alta, mas o capital do concessionário é limitado, então ele usa meu fluxo de caixa futuro de pagamentos como garantia para pedir um empréstimo à Primalend, mas o capital da Primalend também é limitado, então eles têm canais para pedir empréstimos de dívida privada. Quanto foi emprestado? 75 milhões. A entidade que emprestou dinheiro à Primalend pode ser uma instituição, pode ser um fundo, e esse fundo tem alguns investidores por trás, essas informações ainda não são conhecidas. Agora, essas instituições estão incentivando a Primalend a falir, e o resultado deve ser que essas instituições assumam os empréstimos dos concessionários, lembrando que os empréstimos dos concessionários têm como garantia empréstimos pessoais de alto risco, talvez possam ser agrupados e vendidos para outra instituição. Do ponto de vista das perdas, como não se pode saber se o problema é da gestão da Primalend ou se os concessionários que eles atendem estão com problemas, se for o primeiro caso, a garantia tem valor, e as perdas do fundo privado não serão muito grandes, se for o segundo caso, então a situação se torna mais complexa.