Uma das coisas boas/ruins que aconteceram no Vale do Silício por volta de 2015 foi que recebemos pessoas que entraram no ecossistema e que eram generalistas inteligentes que, de outra forma, teriam ido para finanças, consultoria, private equity, etc. Elas vieram para se juntar a empresas em estágios mais avançados, iniciar empresas e (claro) se tornarem VCs. Isso foi, na verdade, bastante positivo na era do SaaS tardio, porque essas pessoas são excepcionais em criar maneiras de alocar capital e garantir que o valor esteja sendo precificado/capturado de forma apropriada. Elas conseguiram trazer um nível de sofisticação financeira que geralmente não é o forte do Vale do Silício. Mas agora que estamos firmemente na segunda/terceira fase da era da IA, tem sido interessante ver como essas pessoas parecem estar despreparadas. A era da IA... não é lógica do ponto de vista financeiro imediato. As partes iniciais da curva S raramente são. Exponenciais não fazem muito sentido em modelagem. É por isso que tantos desses arquétipos ainda estão perguntando coisas como "As empresas de modelos fundamentais fazem sentido?", "O valor da IA só irá para as grandes empresas", "Tudo será uma camada do ChatGPT" yada yada yada. Estamos na era em que é muito melhor ser um otimista louco e ver tudo o que pode dar certo. Houve um tempo e um lugar para os pessimistas/realistas por padrão. Agora não é o momento. Neste momento, deixe mil flores florescerem. Deixe muitas delas murcharem também. Esse é o ritmo normal do Vale do Silício.