A Agenda Pós-Liberal de Tucker Carlson: Fazer a América Ser a Europa Novamente As pessoas precisam entender que o que Tucker está fazendo é liderar um ataque fundamental ao conservadorismo, não aos liberais como os definimos nos EUA. Para fazer isso, ele está aproveitando questões nas quais os conservadores concordam (imigração, corrupção das elites, corporativismo excessivo) para propor uma reimaginação radical da direita americana na direção do pós-liberalismo. Os pós-liberais acreditam, em última análise, em subordinar a política e a economia à busca de um bem comum substancial definido por coisas que são socialmente conservadoras. Em outras palavras, um sistema de governo mais paternalista/comunitário, mas socialmente conservador, como o da Rússia ou da Hungria. Mas isso não é conservadorismo, que acredita em governo limitado, mercados livres, liberdade individual e anti-totalitarismo. Muitos diriam que talvez o conservadorismo tenha falhado. Bem, certamente falhou na Europa, onde a direita política há muito aceitou o socialismo abrangente através de estados de bem-estar social expansivos, restringiu a liberdade de expressão por meio de leis de discurso de ódio e regulamentações de conteúdo, e a intervenção governamental rotineira no setor privado. Essas questões não são nem debatidas na política europeia mainstream, levando a resultados autoevidentes como crescimento econômico estagnado, alta tributação e excesso burocrático. O pós-liberalismo aproximaria a América muito mais do modelo político e econômico europeu, porque é isso que acontece quando você dá mais controle ao governo... Tucker omite essa parte. Veja, o mundo é infinitamente complexo... você pode passar uma vida tentando entender como ele funciona e ainda assim apenas arranhar a superfície. O que o pós-liberalismo ignora são as consequências de segunda e terceira ordem que são óbvias uma vez que você entende como o pós-liberalismo torna a América mais parecida com a Europa. Tucker emprega o que pode ser descrito como análise de variável única... uma tática retórica onde ele atribui problemas sociais, econômicos ou culturais complexos a uma causa isolada (ex: imigração) enquanto ignora ou minimiza contribuições multifacetadas como compensações políticas, contexto histórico ou incentivos estruturais. Isso simplifica narrativas em quadros binários "nós vs. eles", tornando os argumentos emocionalmente ressonantes, mas analiticamente redutivos. É um elemento básico da mídia populista, fomentando desconfiança nas instituições e amplificando queixas... Eu sei que é persuasivo e sedutor, mas isso não é o que fez a América Grande em primeiro lugar. Para preservar o excepcionalismo americano e evitar o destino da Europa, onde tais concessões borraram as linhas ideológicas e efetivamente cederam muito terreno às prioridades esquerdistas, os conservadores dos EUA devem rejeitar as simplificações sedutoras de Tucker. Embora ele possa imaginar o pós-liberalismo como uma ferramenta usada pela direita para recuperar o poder, a superioridade da esquerda em capturar e armamentizar instituições rapidamente o transformaria em um sistema ao estilo europeu, onde o conservadorismo tradicional desaparece, substituído pelo coletivismo sob uma fina camada de nacionalismo.