A SheFi não cresceu por causa de anúncios, marketing sofisticado ou KOLs. Cresceu porque eu: - respondi a todas as DMs - fiz apresentações até à 1 da manhã - integrei mulheres manualmente - fiquei depois do horário nas aulas para responder a perguntas - priorizei a comunidade, não a fama - estive presente de forma consistente durante anos Foi assim que chegámos aqui.

Eu costumava acreditar que se não fosse perfeita, as pessoas me deixariam. Todos nós contamos a nós mesmos uma mentira limitante. Uma história que toca em repetição na parte de trás de nossas mentes. "Se ao menos eu fosse–preencha o espaço em branco–mais bonita, mais inteligente, mais curvilínea, mais magra, mais ousada, mais quieta... eu seria amada". Todas essas mentiras limitantes são baseadas na maior mentira de todas: que para ser amada, precisamos ser alguém diferente de quem somos agora. Na manhã do SheFi Summit, eu andava de um lado para o outro no meu AirBnB em Buenos Aires tentando memorizar meu discurso de abertura, com a Summer gritando enquanto o Jon trocava a fralda dela. "Apenas improvise," ofereceu Jon. "Não é útil," eu respondi de forma ríspida. Summer estava inquieta no carro. Eu passei novamente pelas minhas falas de abertura. Jon–abençoado seja ele–não tentou acalmar meus nervos. Ele me deu água. Ele estava presente. Assim que entrei no local, meus ombros caíram. Eu relaxei. Ela e Naomi se movimentavam ao redor da estufa onde nossos patrocinadores Octant, Avalanche e Celo haviam montado suas exibições. No minuto seguinte, elas organizaram a mesa do café da manhã. Eu pisquei e o palco principal estava pronto para a ação. Eu não precisei pensar em logística uma única vez. Tudo o que fiz foi aparecer. E você também apareceu. Este foi o primeiro SheFi summit onde, mesmo após a última palestra, tantos de vocês permaneceram no pátio para continuar conversas que haviam começado pela manhã, para conhecer pessoas que ainda não haviam conhecido, e para absorver a última gota das altas vibrações do SheFi. Este summit foi perfeitamente imperfeito. Eu acabei lendo partes do discurso de abertura do meu telefone. Uma de nossas painelistas chegou atrasada para sua palestra. Eu balancei a Summer no meu colo para minha entrevista final com o Jon. Esses detalhes que, no passado, eu teria revisado na minha cabeça por dias agora parecem exatamente o que são: vida. A vida não se conforma à sua agenda. Ela chega atrasada, perde as chaves do seu apartamento, faz birra no meio do seu grande discurso, e assim por diante. Eu costumava ver esses momentos como a vida atrapalhando. A vida não atrapalha. A vida é o caminho. A vida é muito mais fácil em comunidade. Eu não me senti envergonhada por ler do meu telefone porque confio que minha comunidade me amará não importa o que aconteça. Eu não preciso ter um discurso perfeitamente memorizado para fazer a palestra principal. Eu não preciso ser perfeita em nada para compartilhá-lo. E você também não precisa. Quando estamos cercados por pessoas que realmente nos apoiam, podemos aparecer exatamente como somos. Sou muito grata a todos que apareceram—todos os nossos patrocinadores, nossos palestrantes, nossos voluntários, nossos líderes de capítulo, pela minha equipe Ela e Naomi, e meu pai, Summer e Jon. Sou muito grata a todos que interagiram com os POAPs, a todos que se apresentaram a alguém que não conheciam, e a todos que se esforçaram para aprender algo novo. E sou grata a todos que não puderam vir, mas estavam acompanhando nas redes sociais ou conosco em espírito. Obrigada por estar no SheFi. Obrigada por ser exatamente quem você é.